A restrição do livro didático de física
nov 23rd, 2013 | By Jairo Nunes dos Anjos | Category: Vídeo-DepoimentosEntão, meu tema abordado no estágio está relacionado à Restrição do Livro didático de Física, no qual procurei novas alternativas para pelo menos tentar solucionar parte do problema no ensino de física.
Atrelado a este tema estão as Tecnologias Digitais no Ensino de Física como tema transversal, e o assunto trabalhado no estágio foi eletromagnetismo, algo que por si só não atraí a atenção dos alunos por ser um assunto que se parece muito distante de suas realidades cotidianas.
Na primeira semana de estágio as coisas não pareciam nada com uma sala de aula, pois a turma além de ser pequena, com somente seis alunos, não interagia comigo, algo muito fora do comum, sendo que após uma conversa com outros professores da turma, os mesmo confirmaram ser uma característica da classe. Diante desta situação, a cada aula procurei novas alternativas para fazer com que eles participassem das aulas, mas os esforços não foram suficientes, pois não consegui muita participação deles. Então, a saída foi fazer eles colocarem no papel o que pensam e o que não entendem.
A partir daí as coisas mudaram, mas não como o esperado. A não participação espontânea continuou, mas meu trabalho teve que ser refeito, e então confesso que hoje faltando duas aulas para o término eu acredito que tenha conseguido trabalhar de forma clara, simples e objetiva o que realmente se trata dentro do tema, podendo deixar muito claro para eles que o assunto que até então lhes parecia algo totalmente desconexo de suas realidades, hoje pode ser facilmente entendido como parte de seus cotidianos, como busquei retratar com os fenômenos reais, como aurora boreal, e ficcionais como Magneto, personagem do X-Man. Desta forma penso que com auxilio das novas ferramentas, e também com o uso de softwares como aplicativos encontrados no PhET, as atividades se tornaram atrativas e de fácil entendimento para os alunos.
Olá Jairo, meu tema de estágio também está relacionado com a restrição ao livro didático, mas abordei o uso de textos alternativos ao livro didático para o ensino de física.
Minha turma no começo também não era muito participativa, e minhas primeiras aulas foram mais tradicionais, para explicar os conceitos relacionados à ondulatória, mas para quebrar um pouco o tradicionalismo levei um brinquedo de mola para demonstrar as características de uma onda. Foi muito interessante, pois assim eles puderam ver como se comporta uma onda e não ficaram só no desenho de uma onda encontrado no livro texto.
Depois quando comecei a utilizar os textos alternativos, levei textos simples e de fácil compreensão mostrando como as ondas estão presentes em nosso cotidiano. E no final sempre discutíamos sobre eles para que todos entrassem em contato com todos os assuntos abordados e para que pudesse estimular a participação deles nas aulas. Eu tentei associar o uso de textos alternativos com o uso de tecnologias em sala de aula, mas infelizmente, não tive sucesso, pois no dia da aula estava queimado o modem e estavam sem internet, para que eles pudessem pesquisar sobre os temas propostos em textos presentes na internet, foi uma pena. Mas como você percebeu o interesse deles em aprender através dessas novas ferramentas? Pois ainda pretendo por em prática a união desses dois temas: os textos alternativos ao livro didático e o uso de tecnologias em sala de aula.
Olá Patricia, nas duas primeiras aulas as coisas se apresentaram de maneira muito desmotivadora, onde eles não abriam a boca para nada, e isso é uma característica da turma, são do campo e consequentemente são muito acanhados.
Então, como minha proposta para as aulas seguintes era trabalhar com objetos que aproximassem eles ao máximo do conceito envolvido na realidade, que até então não lhes era apresentada, pude perceber que na terceira aula as coisas começaram a melhorar, e foi quando apresentei a eles alguns Discos Rígido (HDs) para que abrissem e retirassem o eletroímã.
Observei que a interação entre eles era mútua, muito diferente de quando eu estava trabalhando a parte teórica com explicações e apresentações de imagens no projetor, onde permaneciam inertes sem argumentos ou colocações, tornando a aula exaustiva.
Após esta atividade diferenciada percebi que de início não interagiam comigo mas entre eles a troca de ideias e informações era contínua, visto que para abrir um Disco Rígido eles tinham que possuir algumas habilidades com ferramentas como alicate, chave de fenda, etc.
Nesta turma há 1 menino e 5 meninas, e vez ou outra timidamente me pediam algo.
A partir dai busquei sempre trabalhar uma aula a parte da teoria e a outra atrelar ao conceito estudado alguma coisa que fosse conexa com seus cotidianos, e somente com esta atitude e também com auxílio de softwares como é minha proposta, consegui fazer com que interagissem um pouco mais, mas confesso não está como planejei.
Se quiser dar uma olhadinha na atividade colaborativa (no moodle) “Eletromagnetismo e Física Moderna” eu postei algumas fotos de parte das aulas trabalhadas com esses materiais que descrevi.
Oi Jairo trabalhar somente com livro didático fica complicado, os alunos não interagem muitas vezes por ter o conteúdo no livro e dizer até em alguns casos que estudam em casa, no ano passa do eu utilizei o livro que a escola indicou só colocando conteúdos a mais, esse ano não sigo o livro das escola, apenas utilizo para ter um roteiro, percebi que trabalhar com livro fez com que eles interagissem mais. A ideia de utilizar um personagem de desenho como Magneto foi ótima parabéns.
Boa noite Simone.
Concordo quando afirmas que somente com livro as coisas se tornam um tanto quanto restritas em relação ao conhecimento a ser repassado aos alunos, até mesmo porque eles não possuem o hábito de fazer uma leitura bem detalhada do assunto da aula seguinte em casa para assim chegarem com dúvidas nas aulas futuras.
Lembro que nos foi colocado para que explorássemos os livros paradidáticos considerados importantes por possuírem aspectos lúdicos, e consequentemente apresentam ser muito eficientes do ponto de vista pedagógico. Assim fica claro que somente a utilização do livro as coisas tendem a se tornarem maçantes.
Outros recursos que chamaram atenção na aplicação de nosso projeto de INSPE foi quando abordamos os conceitos envolvidos utilizando dinâmicas, vídeos, e ilustrações, onde todos tinham que participar. A aceitação por parte dos alunos foi unânime, desta forma acreditamos que quando eles saem da rotina de aulas de física que envolvem muito cálculo, os mesmos conseguem interagir melhor e consequentemente a obtenção de conhecimento se torna maior, visto que a conexão com os conceitos e o cotidiano torna as aulas mais produtivas.