(G2) O uso da tecnologia e softwares no ensino física

abr 9th, 2014 | By | Category: Reflexões

O texto ensino de física mediado por tecnologias o qual fiz a leitura destaca a nossa evolução como seres pensantes e sedentos de conhecimento, e juntamente com esta mesma evolução cita a nossa necessidade em fazer uso da tecnologia caracterizando, onde o não uso da mesma é um retrocesso causado ao estudante, segundo (SANCHO, 1998, p.40). Podemos perceber que as exigências as quais estamos todos atrelados nos tornam a cada dia mais dependentes deste processo, onde de certa forma acabamos se tornando refém deste meio que nos apresentam as informações com uma velocidade incomensurável, onde há necessidade de se filtrar o que realmente nos será útil, ou caso contrário não conseguiremos administrar nosso próprio tempo.

Desta forma sobre a citação acima cabe também as aplicações realizadas em salas de aula, onde em dias atuais é característico do aluno possuir alguma fonte de informação portátil e fazer uso desta no ambiente escolar mesmo que não se tenha permissão, como podemos presenciar nas escolas.

Apesar de muitos considerarem esta ferramenta como artigos de luxo e essenciais para a vida na atualidade, devemos estar atentos para o que dizem os entendidos no assunto, visto que relatos confirmam um maior índice prejudicial do que benéfico deste meio para os jovens que fazem o uso diário e continuo desta ferramenta sem um acompanhamento pedagógico.

Como grande parte dos educadores está atenta as mudanças relacionadas ao ensino, principalmente o ensino de física, característico por não atrair a atenção da maioria dos alunos devido à maneira matematizada a qual as aulas são ministradas, o efeito desgastante desta disciplina vem forçando os professores a incluir no cotidiano escolar, novas fontes de informações que possam auxiliar no manejo das aulas, instigando o aluno a fazer uso de ferramentas as quais eles conhecem desde crianças, e muitas vezes manejam tais recursos com habilidades invejáveis.

Como estamos em relação direta com esta situação desagradável que “assombra” o cotidiano escolar de nosso país, devido a um sistema que necessita mudanças, podemos perceber que as estratégias e melhorias, mesmo que lentamente passam a ser perceptíveis no ambiente escolar. Toda esta diferença passa a gerar resultados partir do momento em que nos propomos a executá-las, dando uma característica inovadora ao ensino, cuja meta é ser promissor, na medida em que as coisas propiciem e exijam mudanças.

Desta forma a inserção de softwares e tecnologias no ensino de física passa a ser uma proposta desafiadora, no entanto não pioneira para educadores, visto que diariamente podemos perceber através dos meios de comunicações que estas ferramentas pedagógicas vêem dando suporte de qualidade para a educação a partir do momento em que são utilizadas de forma correta e oportuna nas aulas.

Outro fator importante que deve ser considerado quanto o auxilio destas ferramentas como recursos pedagógicos, refere-se ao uso único e exclusivo das mesmas nas aulas, e desta forma tornando-as repetitivas, causando um efeito contrário ao esperado, visto que o aluno pode passar a entender como um método tradicional contemporâneo de ensino. É fato que devemos considerar tal recurso como sendo mais uma alternativa, e não um único meio de se transmitir conhecimento.

BIBLIOGRAFIA:

ENSINO DE FÍSICA MEDIADO POR TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP
http://www.dafis.ct.utfpr.edu.br/pibid/documentos/T0773-2_SNEF_2013_TIC_antigo.pdf

Fonte da foto: Wikimedia Commons

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3 Comments to “(G2) O uso da tecnologia e softwares no ensino física”

  1. Felipe Torquato Vieira disse:

    Muito interessante seu comentário Jairo, realmente se colocarmos em todas as aulas a tecnologia, isso trará a monotonia e os alunos não se interessarão tanto quanto a colocação somente quando necessário este método de ensino. Eu utilizei a tecnologia em apenas 4 aulas de meu estágio, como foi em duas escolas , foi duas aulas em cada uma, num total de 10 aulas em cada, e foi o bastante para aprenderem o significado do conceito físico e aplicações…
    Mas o aprendizado da resolução de exercícios tradicionais aconteceu somente com a explicação de exemplos em sala de aula, no quadro, e com exercícios feitos por eles mesmos.
    Você também notou isso Jairo?

    • Jairo Nunes dos Anjos disse:

      Veja bem Felipe…as aulas exigem que novas metodologias pedagógicas sejam trabalhadas no ensino, principalmente na disciplina de física, onde vejo um desgaste muito grande desta em relação ao conceitos dos alunos quando aborda-se esta questão. No entanto esta questão de implantar recursos que envolvam as TICs, e no meu caso utilizando softwares, deve ser tratado com cautela. Veja que ao alternarmos nossas aulas utilizando tais recursos devemos lembrar de nossas responsabilidade frente ao aprendizado do aluno, buscando novas alternativas não quer dizer que devamos substituir as existentes por novos métodos, e métodos estes que ainda estamos testando, e como você descreve, ao tornarmos o mesmo repetitivo estamos fazendo da mesma maneira como sempre foi feito com o tão criticado método tradicional, que ao meu ver esta desgastado por não haver alternâncias pedagógicas a tempos atrás.
      Então estou percebendo que sabendo dosar as práticas pedagógicas, as aulas fluem de uma maneira natural, onde os conteúdos por si só nos possibilitam efetuar aplicações, ora quadro e giz, ora fazendo o uso das tecnologias, e pra variar sempre acrescentando exercícios que envolvem cálculos matemáticos, onde em meu ver, não há possibilidades de desvincular estes da disciplina.

  2. Maurílio Watzko disse:

    Caros amigos Jairo e Felipe… com relação as seus posicionamentos: o uso das mídias e a vinculação com a matemática, são questões bem delicadas. Na minha proposta utilizei um exercício em sala (quadro-giz) e uma mídia no laboratório de informática envolvendo o comportamento da campo elétrica e força elétrica, ou seja, uma representação gráfica do comportamento das cargas elétricas numa determinada região. Assim com a geometria de gráficos na interatividade modificando os valores dos ângulos (na mídia) pode-se obter a resposta do exercício. De início houve dois alunos mais atentos que perceberam que as cargas elétricas quanto mais próximas maior será o campo elétrico e quanto mais distante menor será o valor deste campo elétrico. Não fizemos calculo, porém a matemática geométrica aliada a mídia permitiu que os alunos (pelo menos alguns) percebessem e visualizassem de forma interativa (virtualmente) este fenômeno inicial no estudo da eletricidade.

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