semana de 25/02 a 01/03

mar 10th, 2013 | By | Category: Diário de Campo

Nesta primeira semana,  foi observado que  o  conteúdo que  está  sendo  tratado  no terceiro ano do ensino médio é sobre Eletricidade (cargas elétricas, Lei de Coulomb, etc…). O professor é Licenciado em Física por uma universidade do RS. A turma é composta por 32 estudantes.

Na primeira aula o professor referiu-se aos assuntos tratados na aula anterior. Cobrou dos alunos um relatório sobre o conteúdo passado até então, e que não havia sido feito até aquele momento.

À medida que ia passando os novos conteúdos sobre a Lei de Coulomb, através de interações discursivas, (pois pouco usou o quadro), houve um determinado momento em que solicitou que se apresentassem 2 (dois) alunos voluntariamente para fazer uma pesquisa, porém sem dizer qual o assunto dessa pesquisa. Quando dois alunos se apresentaram o professor disse: “Eu quero saber sobre raios e pára-raios”. Os dois alunos ficaram então responsáveis por esta pesquisa.

Neste momento, ao fazer uma pequena observação sobre pára-raios, o professor usou a oportunidade para fazer uma anedota: “Se um raio caísse num presídio onde todos estivessem cercados por grades de ferro, na verdade os presos estariam protegidos, pois estariam dentro de uma ‘gaiola de Faraday’”.

Aqui, como foram citados presos e presídios, abriu-se uma oportunidade para se falar de ética e cidadania, pois surgiu o assunto dos torcedores de um time brasileiro, presos na Bolívia. É interessante mencionar este episódio, pois a física foi deixada de lado momentaneamente, para que outros assuntos igualmente importantes para a sociedade, viessem à tona. Houve uma pequena discussão sobre esse assunto.

Continuando a aula, o professor deu explicações sobre o uso de calculadoras científicas, e então passou a usar o quadro, para explicar os prefixos para potências de dez: mili, micro, nano, pico, quilo, mega, giga, etc… Falou um pouco também sobre as letras gregas que se usam na Física. Pediu que os alunos colassem em seu livro uma tabela com prefixos e letras gregas.

Em seguida, também usando o quadro, ilustrou esquematicamente cargas elétricas positivas e/ou negativas e seu comportamento no que se refere à Lei de Coulomb. Ilustrou as forças repulsivas e atrativas que agem entre as cargas, conforme o caso. Explicou também a relação matemática da Lei de Coulomb. Nesta parte da aula, houve muita interação discursiva.

Prosseguindo, o professor ditou alguns exercícios referentes à aplicação da Lei de Coulomb. O professor ficava na parte de trás da turma e observava os alunos. Esperava alguns minutos, acompanhava os trabalhos dos alunos, interagia com eles e posteriormente apresentava as devidas soluções, com comentários. O professor fez importantes relações entre a força eletrostática e a força gravitacional explicando que ambas são proporcionais ao inverso da distância ao quadrado. E assim terminaram as duas aulas.

Fora do conteúdo propriamente dito, foi observado que o professor se dirigiu a dois alunos que estavam naquela turma pela primeira vez, e explicou como era a sistemática de suas aulas. Ele estava expondo a sua parte no contrato didático, e o que esperava dos alunos.

O professor advertiu que não admite o uso de celulares em sala de aula, e com certeza, não se ouviu nenhum barulho de aparelhos eletrônicos. Segundo suas próprias palavras, o uso de celulares teria como conseqüência a reprovação na disciplina. Os alunos devem ter entendido e aceitado isto. O professor não faz provas. Seu método de avaliação consiste em acompanhar muito atentamente o desempenho de cada um nas atividades em sala de aula e o comprometimento com a disciplina. Por exemplo, quando solicitou dois voluntários para fazer uma pesquisa, sem mencionar o assunto de antemão, imagina-se que, nesse momento, os dois alunos que se apresentaram devem ter sido bem avaliados.

O livro didático usado nessa turma do terceiro ano é CURSO DE FÍSICA – VOL. 3, dos autores Antonio Máximo e Beatriz Alvarenga (a capa do livro encontra-se no anexo). Segundo o professor, este é um livro que dá muita ênfase à parte “mais conceitual” da Física, sem no entanto abandonar totalmente a parte prática e dos formalismos matemáticos.

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