semana de 25/03 a 29/03
mar 31st, 2013 | By Roberto Thomazelli | Category: Diário de Campo26/03 – No início das aulas, dois alunos se dirigiram ao professor e mostraram sua tentativa de resolução para o problema deixado como dever de casa na aula anterior. O professor deu uma rápida olhada, mas não teceu comentários. Penso que nenhum dos dois conseguiu resolver. Eu olhei o caderno de alguns alunos e alunas que estavam à minha frente e notei que alguns encontraram a direção da força resultante, mas ninguém conseguiu chegar ao resultado correto, que é (6 K Q q )/ L2. O professor pediu então que os alunos tentassem resolver o mesmo problema, só que atribuindo o valor de 4µC para as cargas Q, e 1µC para a carga q, sendo o lado do triângulo igual a 1 metro. Se fizerem certo vão encontrar o resultado de 0,216 N.
Penso que a maior dificuldade dos alunos vai ser encontrar a distância entre as cargas nos vértices e a carga central que é dada por L /3 , e fazer as operações matemáticas, usando a lei dos co-senos.
Era o início da aula ainda, e após passar o problema, agora com dados numéricos, o professor começou a fazer a chamada e pediu que todos trouxessem o seu caderno e suas calculadoras. Eu notei que o professor olhava atentamente os cadernos e fazia uma rubrica com caneta de tinta vermelha em cada caderno. Ele estava dando notas aos alunos por sua produção nestas últimas 3 semanas (e por terem as calculadoras). Isso explica porque ele usou um número considerável de aulas sobre a Lei de Coulomb. Ele não iria fazer nenhuma prova e, coerente com sua proposta de avaliação, agora ele tinha em mãos o que cada aluno fez nas últimas aulas, relembrando que ele sempre reiterou que se fizessem os esquemas e diagramas com muito cuidado.
E o problema já citado, talvez nenhum aluno consiga resolver, e acredito que o professor vai resolver no quadro, em uma próxima aula. Na verdade, eu até gostaria de ver o professor explicar a resolução desse problema. Afinal é um problema aberto e depois de resolvido poderia se comparar o resultado conseguido com o mesmo problema com os dados numéricos propostos. Isso seria uma “descoberta” muito boa para os estudantes. Perceberiam que o problema aberto forneceria uma fórmula para se resolver qualquer outro problema do mesmo tipo. Até agora só acompanhei e verifiquei que os alunos conseguem resolver problemas fechados. Os problemas abertos, por enquanto, são uma incógnita para mim em relação a esta turma.
Depois de conferir o caderno de todos os alunos, ele continuou a aula com o conteúdo de campos elétricos. Seguindo a mesma metodologia usada até agora, ele começou a ditar uma lista de exercícios para os alunos resolverem.