Relatando aulas de Termologia

abr 3rd, 2013 | By | Category: Diário de Campo

Semana do dia 25/02 á 01/03//2013

No dia 25/02/2013 às 19h foi iniciado as atividades do estágio onde permaneci na secretaria (1ª hora), pois havia algumas indefinições nos horários das aulas. E também devido ainda à indefinição de alguns professores (ACT’s). Acompanhei, portanto, o pessoal da secretaria sendo uma assistente técnica pedagógica e a assessora de direção os quais, atenderam alunos e professores com dúvidas sobre horários, salas de aula (turmas), justificativas de atraso (alunos) e atendimento de pessoas, inclusive o estagiário que pediu vistas ao PPP da escola. Este documento não estava disponível e conforme a assessora de direção poderá mais adiante (no estágio) ser visto. Então a E.E.B. XXXXXXX está em funcionamento desde… Possui um quadro funcional de… Sendo as dependências constituindo-se de 14 salas de aula, biblioteca, laboratório de informática, banheiros, sala dos professores, secretaria, refeitório, pátio com quadra de cimento e areia, estacionamento, área coberta (intervalo) e quadra coberta. Complementarei este campo mais tarde quando acessar o PPP. Sem lisonjas, o pessoal da secretaria trabalha sem distinção realizando um papel determinante no funcionamento da escola. Na sequencia acompanhei, portanto a 1ª aula de física o qual o professor iniciou a aula falando dos conteúdos tratados neste ano, apresentação dos alunos e então após começando com Termologia. Fez uma interação discursiva questionando também sobre o que são temperatura e calor (problematização direta). Os alunos não se manifestaram e o professor prosseguiu utilizando quadro e giz para transpor o conteúdo. Algumas conversas paralelas dos alunos ao qual o professor pediu atenção falando sobre energia térmica. Os alunos reclamam de copiar, porém o professor na sequência repassa “grau de agitação das partículas” (temperatura), “a soma destas agitações” (energia térmica), “o trânsito desta energia” (calor) e o “compartilhamento” (equilíbrio térmico). Acaba a 1º aula. Retomando após a 2º aula onde se passa a tratar das escalas e conversões. Antes, porém faz comentários sobre os estados de agregação da matéria (estados físicos): sólido, líquido e gasoso. (transposição oral). Citou o exemplo da água e seu comportamento físico conforme temperatura e pressão. Neste ponto observei que os alunos compreenderam, porém, o uso da HC ajudaria a fixar. Logo o professor falou de variação de temperatura, termômetros, escalas: Célsius, Fahrenheit e Kelvin; e ainda das conversões termológicas usando:

 C = F – 32 = K – 273

5         9              5

 

 

 

Assim fazendo exemplos (seria uma modelização matemática). Após aplica uma lista de exercícios e aula encerra. Assim nesta primeira semana foi um pouco “atropelado” o qual também tive dificuldades em acertar a escola para iniciar. Os alunos em sala bastante interessados em contar suas histórias (férias), e que o professor buscou harmonizar para fazer boas aulas. Estes, porém não questionaram praticamente. Logo acredito que seja a rotina da primeira semana (completa) de aula. Ainda em conversa com o professor perguntei-lhe sobre quais trabalhos, avaliação, pesquisas e livro didático usado.  O livro é escolhido por ele (professor) e o grupo pedagógico, porém, apenas o pessoal diurno usa o livro do PNLD. Ele utiliza outro livro (vai repassar qual). Com relação à prova faz uma ao final do bimestre. Pede trabalhos que são mais voltados a listas de exercícios. Se houver necessidade faz pesquisas. Relata que duas aulas por semana é pouco. Precisaria no mínimo três aulas por semana (já que há noite uma aula dura 40 min), para melhor lecionar os conceitos de física.

 

Semana 04/03 à 08/03//2013

No dia 04/03 às 19h o professor iniciou a aula (3ª) relembrando o assunto estudado é termologia e escalas termológicas (conversões). Assim fazendo a correção dos exercícios (para casa) com exposição no quadro e a participação dos alunos na correção. O uso do caderno, matéria da aula anterior e explanações do professor usando:

C  = F – 32 = K – 273

5         9              5

Cálculos feitos no quadro. Referente à turma (2ª série, turma III) parece boa com 16 alunos (9 meninos, 4 meninas e 3 faltantes). O professor usa a dinâmica da balança na questão (b) em que 20 graus C equivalem a K.

C = K – 273

                                                                                              5         5

Então elimino os cinco e faço normal o cálculo (conforme o professor). Resultado K = 293 K. Alguns alunos interagindo nos cálculos (dificuldades). Novamente falas do professor sobre a matéria que está no caderno. Erro (proposital do professor) em um dos cálculos, apontado por um aluno (este parece estar atento à aula). Falas do professor sobre o termômetro desenhado no caderno na última aula. Assim prosseguindo as conversões das escalas. Observações… o que pode-se melhorar no entendimento para a aplicação destas conversões? O exemplo da água oferece entendimento aos conceitos de termologia? Algumas conversas paralelas dos alunos. O professor chama a atenção para os cálculos e busca a participação efetiva de todos. E o conceito? (a transposição iniciou com a problematização direta). Seria possível outra abordagem? A organização do conhecimento ocorreu (2º momento), porém a aplicação? Um aluno chega atrasado e tenta se inteirar das atividades. O professor tenta uma conversa mais descontraída reforçando casas decimais (no cálculo) e comparando valores negativos aos “negativos bancários”. Alguns alunos usam calculadora. A faixa etária da turma varia de 16 a 22 anos e estes alunos em sua maioria trabalham. Ao usar a regra de sinais comparando com o saldo bancário, percebi melhor entendimento dos alunos em relação aos cálculos realizados. A aula acaba.

 

No dia 07/03/2013 às 19h inicia a aula (4ª) e o professor continua as correções, após uma aluna entra na sala (atrasada) e o professor lhe pergunta o que é temperatura. Ela diz que não veio na última aula. O professor prossegue as correções aumentando o tom da voz devido ao barulho do ventilador. Isto atrapalha um pouco a aula, conversas paralelas, enfim o professor consegue a atenção dos alunos, que toma formato de aula de cálculos feitos no quadro. Novamente o professor para (silêncio) para chamar a atenção de um aluno. Os alunos acompanham os cálculos, conversões e duas alunas trocam bilhetes. O professor enfatiza o uso dos sinais para indicar temperaturas positivas e ou negativas. Todos copiam as respostas. A matemática (as quatro operações) é o debate da aula. Mas o que representa esta ou aquela conversão de temperatura em Kelvin, Celsius, Fahrenheit? Mais exercícios e um aluno pede calma ao professor. Um aluno não está se sentindo bem e pede ao professor para sair, o professor autoriza desde que retorne logo. E o professor repassa (dita) mais três exercícios problema (com enunciado). Um aluno diz que não esta escutando e o professor (brinca) que a velocidade do som não é tão baixa assim (risos). E assim pede ao aluno que se acomode numa carteira mais a frente na sala. Após o professor pede que resolvam os problemas e um aluno vai até ele para esclarecer um cálculo feito. Onde está o conceito? A nova transposição didática? O uso de textos seja didático ou científico? A modelização ou a HC como metodologia e ou instrumento de ensino? Algum experimento, o uso de TI (wikis, blogs, plataformas) e CTS (ciência, tecnologia, sociedade) como abordagem? Os alunos fazem conversas paralelas fugindo do assunto. O professor cobra que todos iniciem. Dois alunos do fundo dizem que vão fazer. Observei o caderno de três alunos o qual copiaram a matéria. Os alunos fazem perguntas sobre a questão 4 (regra de sinais). A aula encerra. Após fiquei na secretaria e biblioteca (1 hora) observando as atividades correlatas. Na secretaria uma professora pediu informações sobre sua situação funcional e foi prontamente atendida pela assistente técnica pedagógica. Também um aluno chegou tarde e foi conversar com a assessora de direção sobre o atraso e autorização para entrar na aula. Também dois alunos pedindo informações sobre o funcionamento da biblioteca. A noite apenas funciona (a biblioteca) com o acompanhamento do professor da turma (aula). Após visitei a biblioteca, um pouco desarrumada devido à chegada dos novos livros, onde à noite é pouco utilizada. O livro que está na biblioteca conforme o PNLD é o Quanta e foi definido pelo professor e grupo pedagógico, sendo utilizado pelas turmas diurnas. O local é um pouco apertado e não possui funcionário à noite ficando, portanto fechada. O acervo de livros é muito bom e conta com aproximadamente 4500 livros.

 

Semana 11/03 à 15/03//2013

A aula do dia 11/03 inicia as 19 h com nove alunos e um aluno (com 2º professor). O professor de física prossegue a correção dos exercícios e cita o exercício dois onde a conversão para Fahrenheit (F), a temperatura do corpo humano, nas conversões, é 96,8 ° F, que é a escala muito usada nos países de língua inglesa. Um aluno, a pedido do professor, lê o exercício três e prossegue as correções no quadro-giz e talvez usando uma modelização matemática:

C  = F – 32 = K – 273

5         9              5

Os alunos demonstram entender os cálculos. Mas e as concepções? Falas e questionamentos sobre a temperatura, por exemplo, do corpo humano sendo 39° C para pessoas adultas e crianças outra temperatura. O professor sugeriu que para a próxima aula alguém pesquisar este assunto e qual a relação com física. Após continua os cálculos. Usa a conta bancária (no azul ou no vermelho) para aplicar a regra de sinais no exercício quatro. Um aluno questiona dos cálculos e o professor rebate da importância (como linguagem) e após fala de física como disciplina que exige muita interpretação dos fenômenos. Algumas conversas paralelas. O professor passa novo subtítulo “dilatação térmica”. Alguns alunos reclamam que tem que copiar (normal). Assim segue o assunto: Experiências determinaram que os sólidos ao serem aquecidos dilatam e quando resfriados se contraem. Há um silêncio… o professor têm dificuldades. O quadro poderia ser aquele de fórmica com canetão e com possibilidades de mais cores para melhor visualização dos desenhos e esquemas. E continua com a matéria: A dilatação contração ocorre em três dimensões: comprimento, largura e altura. A essa variação nas dimensões de um corpo chamamos de DILATAÇÃO. Esse fenômeno físico ocorre em função do aumento ou diminuição do grau de agitação dos átomos ou moléculas que formam um corpo. Ainda o professor cita alguns exemplos como o trilho de trem, os fios (cabos) das torres de alta tensão elétrica que conduzem energia elétrica e pontes viárias. Um aluno interrompe e pede para ir tomar água e o professor “vá, mas volte”.  O aluno com segundo professor copia a matéria do quadro. O professor faz as explanações falando dos estados físicos em suas falas “onde há uma relação tênue, próxima e curta” deste assunto com a dilatação. Fala da chapa do metal (comprimento e altura (fina)), ou seja, dilatação superficial… . Um aluno questiona onde ocorre a fusão dos metais, que tipo de local e material e se este material funde junto. O professor fala do auto forno, material cerâmico (que o reveste) e materiais com maior ponto de fusão na construção destes “caldeirões” para a produção de blocos, chapas de metal. Ainda com relação à dilatação fala do dilatômetro. Do comportamento dos fios da rede elétrica quando ocorrem geada, os fios ficam mais firmes, esticados e dos dias quentes quando ficam mais dispersos e soltos. A aula acaba. Na secretaria (1 h), acompanhado a assessora de direção e a assistente técnica pedagógica o qual hoje mais calmo sem muitos atendimentos. Fiz questionamentos sobre o laboratório de informática. O laboratório de informática situado em uma sala ao lado da secretaria sendo seu acesso feito por esta. É, o laboratório, composto por mais ou menos por quinze computadores, um data show, uma TV 42 polegada e não possui funcionário para atendimento no noturno. É de responsabilidade do professor, em aula, o uso deste local. Conforme a assessora eles fazem uso do laboratório mais para pesquisas. Os professores dificilmente usam para exposição de aulas (Power point, vídeos, animações sites, blogs e outras plataformas). Nunca ocorreram problemas com acesso a conteúdos indevidos. Os alunos do noturno só podem usar o laboratório, portanto com o acompanhamento do professor ou alguém da secretaria. No retorno da aula o professor faz a transposição no quadro da dilatação linear em que esta ocorrendo em uma única dimensão, isto é, o comprimento. Assim a barra de metal, por exemplo, terá um comprimento inicial (L°) e um comprimento final (L). O professor pede atenção, devido a conversas paralelas, e também pede a um aluno para buscar um apagador na secretaria. O segundo professor (professora) alerta de que não há um apagador melhor. O professor então pede giz colorido para fazer o desenho. Após expor (desenho) define ΔL = L° . α .  Δt,  com Δt = t – t°  onde um aluno questiona do t° , e o professor fala que é t “zero” a temperatura inicial em que ocorre a variação do comprimento com a variação da temperatura. A segunda professora fica incomodada com alguns alunos rindo (conversas paralelas) e pede que compartilhem a “graça”. O professor segue concentrado no quadro escrevendo o conteúdo. Onde para o cálculo do comprimento final tem-se L = L° . (1 + α . Δt). O professor tenta fazer uma interação discursiva perguntando e citando exemplos de dilatação e contração. Voltou ao exemplo dos fios, ar condicionado de veículos (nitrogênio gela o ar), da geladeira frost free (névoa livre), trilho do trem (dilatação), óleo duto, enfim as dilatações dos materiais sólidos onde se pode usar o dilatômetro. Falou da bola (dilatação) na rede de energia, onde os fios linearmente dilatam. Outro exemplo do rolamento, dispositivo que faz o deslizamento (eixos) das partes fixas em bicicletas, carros, motores, eletrodomésticos (motor da máquina de lavar) em que ocorre a dilatação das esferas e de que a pista onde estas esferas estão dispostas o material deve ter uma têmpera maior. Falou também do uso de arames para fixação e ou amarração. Por fim citou o exemplo do “material de sacrifício” disposto nos navios para que o casco deste não se deteriore tão rapidamente. E a aula acaba. Conversei com o segundo professor (professora) ao qual me relatou do aluno tem deficiência mental leve. O aluno tenta, segundo a professora, participar das aulas e também da aula de física, copiando a matéria, observando, porém sem entendimento aparente. A professora acompanha o aluno desde o primeiro ano. A escola atende o aluno na forma de inclusão.

 

Semana 18/03 à 22/03//2013

O professor inicia a aula (18/03) fazendo a chamada (presença) e após, falando sobre dilatação linear, a variação de temperatura à variação linear do material e pergunta se há mais algum componente que poderia contribuir para este efeito de dilatação. Nenhum aluno se arrisca e prosseguindo, o professor fala do tipo de material, se o comportamento dos materiais são todos iguais (ou diferentes) frente à temperatura. Então fala do comportamento do alumínio, cobre, ferro e da madeira em que existe uma tabela com o coeficiente de dilatação para cada material. Faz exposição oral de quem dilataria mais, comparando, se o fio de alumínio ou arame (de ferro) e um aluno que acompanhava atentamente responde que o alumínio dilataria mais exposto a uma mesma temperatura. O professor prossegue falando sobre a variação de temperatura e escrevendo no quadro a equação ΔL = L° . α .  Δt. Um aluno questiona “é para copiar” e um outro aluno intervém de que já foi passado. Porém o professor pede que copiem e retoma a explicação de alguns conceitos da representação dos índices (letras). Instantaneamente a diretora entra em sala com dois alunos… “estão brincando de se esconder”… “a escola é de vocês e é para vocês estudarem e mais tarde não se arrepender de não terem estudado”. Os alunos que estavam fora se acomodam nas carteiras, calados e tentam se inteirar da aula. Há um silêncio. A diretora pede desculpas ao professor que recomeça a aula. Explica (relembra) a equação L = L° . (1 + α . Δt), e passa um exercício. Há conversas paralelas, e o professor segue com o exercício no quadro. O exercício pede para determinar a dilatação de um fio e seu comprimento final sendo este de alumínio com 40 m à 20º C e aquecido até 60º C com coeficiente 24 x 10-6 º C-1. Os alunos copiam e o professor faz anotações (dos alunos que chegaram tarde). O professor segue com (interação discursiva) do assunto falando e resolvendo o exercício com os alunos. Relendo, extraindo os dados e enfatizando o que está sendo pedido no exercício. Repassa as fórmulas da teoria, do conceito de temperatura e resolve aplicando os dados obtendo o que foi pedido (ΔL = 0,038400 m  e  L = 40,0384 m). Faz uma comparação com a distância de 40 m (oferecendo uma medida da escola) “daqui até muro da frente”, e propõe que se pode perceber esta dilatação mais acentuadamente nos fios de energia elétrica (da rua) e nas linhas de trilho de trem. A aula acaba. Neste intervalo (1 h) fiz uma caminhada pelas demais dependências da escola onde o acesso à biblioteca, informática, refeitório e banheiros estão bem iluminados. O pátio e o acesso à quadra coberta estavam apagados, provavelmente pelo pouco número de alunos à noite sendo 51 estudantes. A diretora comentou também que está providenciando melhorias para a iluminação do pátio (fundos) devido a alguns alunos usar o local para não estudar. Também conversei com a merendeira no refeitório e ela comentou que alguns alunos do noturno algumas vezes se comportam piores que alunos diurnos (1º grau) espalhando comida pelas mesas e ou jogando pelo chão. O local é apenas aberto na hora do intervalo. Ela, porém é encarregada somente do preparo da merenda o qual se alterna com sopa e frutas sendo que a prestadora de serviços possui uma nutricionista que acompanha este trabalho. A funcionária disse que gosta muito de seu trabalho e que a escola é muito boa. Tem bom convívio com professores, alunos e direção. Observei também que a escola possui estacionamento coberto e uma pequena horta. Retornando a sala de aula o professor reinicia com os exercícios passando no quadro o número dois. Algumas conversas e o professor pede atenção. Um aluno pede para retornar ao exercício um. O professor então o questiona como ele fez. Outro fala “pega essa numeraiada e opera… pronto”. O professor refaz o exercício. Faz também uma abordagem do número de casas após a vírgula. Volta a falar do 0,0384 sendo três cm onde, por exemplo, numa linha de trem este descarrilharia. Um aluno questiona o coeficiente de dilatação “o porquê é negativo” e o professor expõe se fosse 24 x 106 ºC-1, onde a medida seria 38400000000 m em 40 m. “Realmente não é professor” confere o aluno. O professor continua as explicações falando de temperatura e faz uma prévia da dilatação superficial e volumétrica. Chama a atenção de alguns alunos que estão presentes fisicamente e “psique”, estão pensando no vídeo game, naquela mulher bonita e (acordam) e tem um professor falando de física (risos). O professor pede que façam os cálculos “na unha” sem o uso de calculadoras para exercitar as operações matemáticas. Referencia de que provas de concursos, testes e processos seletivos “ninguém vai de calculadora e se for não entra para fazer a prova”. E volta a falar da distância do muro da escola relacionando com o 3,8 cm da condição calculada. Falou novamente da dilatação superficial (calçada e parede). Outro exemplo da ponte Rio-Niterói. Acaba a aula.

Semana 25/03 à 29/03//2013

O professor inicia a aula (25/03) fazendo a chama e após corrigi o exercício dois, sendo que o que se pede para determinar é o comprimento da barra à 20º C e a 30º C. Neste caso uma barra de ferro com 10 m a zero grau célsius, coeficiente 12 x 10-6 º C-1. Duas alunas conversam, no fundo da sala, e o professor pede a resposta para elas. Prontamente “10,0024 e 10,0036 m”. O professor então faz mais detalhado o cálculo sem dificuldade os alunos compreendem. Então o professor começa a passar três exercícios avaliativos (valendo nota). 1) O comprimento de uma barra de Al é de 50 m a 28º C. Sabendo-se que a barra é aquecida à 56º C e que alfa é 24 x 10-6 º C-1. Determine a dilatação e o comprimento final. 2) Um fio tem o comprimento de 60 m à 5º C e sabendo que o coeficiente de dilatação do material é de 12 x 10-6 º C-1 determine o comprimento do fio à 105º C e -35º C. 3) Uma barra de metal mede 1100 m à 0º C. Tal barra posta num forno e decorrido certo tempo aumenta de comprimento e se torna igual à 1107 m. Sabendo que o coeficiente de dilatação linear do metal é 12 x 10-6 º C-1 , calcule a temperatura do forno. Os alunos estão preocupados, pois alguns não copiaram a matéria e outros não estudaram. Será conforme o professor o restante desta aula mais a outra para resolver e entregar. De repente gritos na sala ao lado (1º série), uma professora tenta recompor a aula depois de um aluno “a tirar do sério”. A segunda professora (da 2º série) diz “ainda bem que esta turma é bem mais tranquila”. Os alunos se agitam um pouco nas resoluções, falam de formatura, promoções. O professor pede atenção e que tentem fazer. Alguns alunos vão até o professor para tirar dúvidas (cálculo, uso da fórmula, entendimento na variação de temperatura). O professor acompanha na carteira os alunos resolvendo e tirando as dúvidas. A segunda professora conversa com o aluno inclusão e o ajuda. Conforme o professor ele sabe quais alunos tentaram realmente resolver a atividade. A aula acaba. Neste intervalo fiquei na sala dos professores, porém neste momento nenhum professor a estava utilizando. A sala é ampla com uma mesa central, cadeiras, mesa com computador para acesso à internet, acervo de livros, acervo de vídeos (DVD’s), painel de avisos, painel de chaves, bebedouro e armários. Conversei com a diretora que também comentou de algum intercâmbio com a outra escola do bairro no sentido de feiras, amostras e alunos problemáticos. Tentam juntas (as duas comunidades escolares) ajudar o bairro a diminuir o número de alunos fora da escola. Retornando a aula o professor pede o trabalho com letra legível, capa e organização nos cálculos. Os alunos seguem afoitos. Dois alunos chegam para esta aula (atrasados) e tentam acompanhar. O professor também lembra que o trabalho de matemática ao qual o prazo máximo é até hoje. Um aluno pergunta se a resposta pode ser a lápis ou tem que ser a caneta. E o professor pede a resolução podendo ser a lápis mesmo. Os alunos se ajudam. Um aluno senta na carteira para conferir com uma aluna e o professor pede modos. Os alunos conversam sobre os possíveis resultados. O professor pede silêncio. A maioria dos alunos pede para o professor revolver a questão três e o professor faz então parte da questão extraindo os dados e indicando o formulário e lembrando-se da variação de temperatura (dica) e pede que terminem a resolução. Alguns alunos entregam e outros seguem passando a limpo. Um aluno quer ir buscar um grampeador na secretaria, porém, o segundo professor diz que tem. O professor volta a falar da necessidade de mais aulas de física. Acredita que o ensino inovador (integral) que está sendo proposto pela secretaria, poderia ser disposto para pelo menos mais três aulas de física, o que não ocorre.  Contou também de suas dificuldades já que sua formação é matemática. Também comentou brevemente um pouco de sua trajetória como educador, seu início, entusiasmo, frustrações, dificuldades, sonhos e o dever do compromisso estar sendo cumprido dentro de suas possibilidades. A aula acaba. Após acompanhei o intervalo na sala dos professores ao qual um lanche (sopa) para firmar os propósitos do grupo. As conversas dos professores durante este tempo (10 min) foram elogios à direção, saúde, dieta, cronograma, aulas e assuntos diversos. Alguns professores falam de alunos que fizeram vandalismos e inclusive em veículos de alguns professores. Já o sinal, e os professores seguem para as salas. Percebi grande harmonia no grupo docente (noturno) o que torna o local de trabalho feliz e gratificante. Conversei novamente com a diretora que falou também de estar animada para este ano e das dificuldades em conseguir professores principalmente de física. Concluindo esta, deixo a frase, que estava na exposição da outra comunidade escolar do bairro e que diz o seguinte:

“Escola é… o lugar onde se faz AMIGOS… Escola é, sobretudo, GENTE. GENTE que TRABALHA, que ESTUDA, que se ALEGRA, se CONHECE, se ESTIMA… Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se e ser FELIZ.” (Paulo Freire).

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