A Restrição do Livro Didático de Física
abr 28th, 2013 | By Jairo Nunes dos Anjos | Category: ResenhasA restrição do Livro Didático de Física
Responsável por direcionar o desempenho e qualidade na educação e de cunho importantíssimo nesta área, o livro didático vem de longínqua data dando suporte aos conteúdos educativos nas mais diferentes disciplinas, caracterizando-se como indispensável para um ensino de qualidade, reconhecido como detentor do conhecimento e de técnicas hábeis responsáveis pela transmissão do saber para as futuras gerações que buscam adquirir novas habilidades exigidas para a sobrevivência em um determinado meio.
Constantemente criticado pelos verdadeiros detentores do real conhecimento cientifico por restringir uma dinamicidade gradativa nas aulas de ciências, esta ferramenta se comporta de forma indispensável pela maioria dos educadores contemporâneos que fazem deste meio uma única receita para ministrarem suas aulas, caracterizadas por muitos críticos como um método não funcional, o qual esta se tornando o sistema desgastado, incapaz de construir no aluno um conhecimento sólido e duradouro.
A real importância e significado do uso da história e filosofia das ciências no ensino de física vêm sendo a muito tempo defendida de forma unânime por diferentes autores que acreditam que possa haver uma educação cientifica de qualidade principalmente nas escolas publicas, onde boa parte não apresentam infra-estruturar adequada para fomentar a necessidade de um ensino de qualidade necessário para nortear os entendimentos a cerca da ciência e seu rico contexto histórico, onde tais recursos possam delinear uma linha qualitativa instigante que venha fugir da restrição da matemática elementar e um limitado aprofundamento histórico principalmente na disciplina de física.
Desta forma diante de uma necessidade de corrigir os inúmeros equívocos que permeiam o ensino de ciências nas entidades educacionais, onde explicitamente segue-se somente uma linha de preparo dos alunos e, equivocadamente os delimitam em sua totalidade para um ensino seqüencial desta área, tratando o conhecimento adquirido por todos como parte de um projeto que os direcionará para o exame de vestibulares, futuros cientistas, ou ainda quem não se encaixar neste equivocado método esta condenado a não conseguir assimilar quase nada do que lhe é ensinado, e conseqüentemente vai fazer parte das estatísticas que caracterizam a necessidade de uma reforma no ensino da ciência.
Desta forma buscou-se através de inúmeras mudanças que acompanharam a globalização, uma reforma no ensino da ciência, no entanto as reformas aconteceram em todos os âmbitos do sistema educacional causando de certa maneira algumas melhorias significativas nos projetos de ensino de física, mas a restrita apresentação dos conteúdos de física ainda continuam, ou seja, a maioria dos assuntos abordados se apresentam com uma limitada consonância em relação a real função da ciência na vida do aluno, o que traz uma necessidade incomensurável de enriquecer esta ferramenta com contextos históricos e uma flexibilização ao conhecimento filosófico.
Implantado para incorporar dentro do sistema educacional uma melhoria que demande as necessidades da sociedade contemporânea, esta ferramenta criteriosa ainda apresenta nos dias atuais algumas controvérsias que se apresentam como plausíveis para o sistema educacional, mas vale ressaltar que as mudanças oriundas que qualifiquem esta ferramenta podem e devam acontecer, mas onde realmente se deve mudar, e como se espera que tais mudanças venham realmente acrescentar melhores resultados para o aluno, sabe se que o problema existe, no entanto não cabe a ressalva que somente o livro deve abranger significativas mudanças, o que mais deve ser mudado para que o progresso educacional seja efetivamente caracterizado como um novo método de se transferir o conhecimento cientifico, e como conseqüência este novo método deve causar significativas mudanças para a sociedade, incorporando uma articulação que possa suprir a necessidade para estudos futuros, ou norteando o cidadão para uma relação harmoniosa com o meio onde vive.
REFERÊNCIAS
AMARAL, I. A. Os fundamentos do ensino de Ciências e o livro didático. In: FRACALANZA, H.; MEGID NETO, J. (Orgs.). O livro didático de Ciências no Brasil. Campinas: Komedi, 2006.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602012000200010
ARRUDA, F. A. de; CARVALHO, A. F. de: Caminhos da Ciência: Uma Abordagem
Sócio-construtivista (Ensino Fundamental). 3ª ed. São Paulo: IBEP, 2005.
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvii/sys/resumos/T0325-1.pdf