Atividades experimentais no ensino de Física

abr 29th, 2013 | By | Category: Resenhas

ROSA, CLECI T. WERNER DA; ROSA, ÁLVARO BECKER DA. Aulas
experimentais na perspectiva construtivista: proposta de organização do roteiro
para aulas de física. Física na Escola, v. 13, n. 1, 2012.

 

Este artigo relata uma proposta didática metodológico, para ajudar os
professores na organização de uma atividade experimental de física, na concepção
construtivista.

Hoje em dia é comum encontrarmos nos projetos políticos pedagógicos das
escolas, propostas que estão norteadas pela perspectiva construtivista. Mas quando são
aplicas geralmente os professores encontram dificuldades, principalmente nas que se
referem atividade experimental. Por esse motivo e pela preocupação da construção de
conhecimento na realização de práticas experimentais, este artigo propôs uma proposta
com referencial construtivista, que foi dividida em três etapas.

Sendo denominada pré-experimental, experimental e pós-experimental. Dando
ênfase na pré e pós-experimental, para oportunizar discussões e reflexões, entre
professores e alunos, sobre o que irão fazer e o que já fizeram na atividade
experimental.

Na etapa pré-experimental foi sugerido que se envolva os seguintes itens: préteoria,
explicitação dos objetivos, formulação de hipóteses e planejamento das ações.

A pré-teoria deve-se ser feita antes do experimento, para poder proporcionar ao
estudante, uma familiarização com os saberes envolvidos na atividade. Ela representa o
elo entre a atividade experimental e o conhecimento envolvido. É possível promover o
conhecimento na forma de pré-teoria de várias maneiras diferentes. Logo este artigo
destacou três delas, primeira formulação de perguntas sobre o conteúdo, segunda
exposição de situações-problema ou situações-ilustrativas, terceira retomada histórica.

Na explicitação dos objetivos, os alunos devem ser conduzidos a entenderem,
com base na pré-teoria, os objetivos propostos pelo professor na atividade experimental.
Para melhor entendimento do objetivo, é importante ser analisados os equipamentos que
serão utilizados no experimento.

No item formulação de hipóteses, da etapa pré-experimental, deve-se fazer um
resgate das concepções prévias dos estudantes, permitindo um confronto entre os
saberes. Já que na concepção construtivista, a formulação das hipóteses deve ser feitas
antes dos experimentos, pois elas assumem um papel indispensável, para guiar a
realização da atividade. Dando uma oportunidade para os estudantes dialogarem com
seus conhecimentos e suas observações.

Para finalizar essa etapa, é necessário um planejamento das ações que serão
feitas, pois assim o aluno será levado a refletir sobre o que irão fazer, podendo traçar
uma trajetória. Este planejamento se associa ao procedimento tradicional, mas nele não
deve ter receituários estruturados e ser composto de passos rígidos e sequenciais, devem
levar os estudantes a pensarem e planejarem suas ações entendendo o que e por que
proceder de determina forma.

Na etapa experimental, será feita a execução da atividade experimental. Que
significa operar o planejado, testar as hipóteses e manusear os equipamentos. Além de
tudo o que já foi falado, nesta etapa, como é realizado em grupo, deve haver uma
negociação de saberes, diálogos entre companheiros e com o professor, visualização de
possibilidades e confronto de conhecimentos, com sigo mesmo e com seus colegas.

Na última etapa, pós-experimental, é feito o fechamento da atividade com uma
conclusão. Onde nessa proposta, será realizada uma discussão dos resultados obtidos,
que representa um momento de construção do conhecimento. Assim, concluir significa
retomar o realizado, a fim de identificar possíveis falhas e revisar a atividade. Levando
os alunos a buscar os resultados, interpretá-los e discuti-los.

No final do artigo, foi apresentado um exemplo do roteiro-guia para
proporcionar um melhor entendimento para os professores que queiram trabalhar com
uma atividade experimental construtivista. O exemplo dado é referente ao estudo do
movimento de velocidade constante, nele estão todas as etapas explicadas
anteriormente.

O artigo apresentou de forma clara a sua proposta e objetivo, explicando
detalhadamente o que se está querendo. Faltou uma aplicação da proposta numa turma
de física do ensino médio, para então poder ser feito uma análise e uma discussão do
que foi proposto.

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