Experimentos tradicionais ou investigativos?

nov 23rd, 2013 | By | Category: Vídeo-Depoimentos

Olá pessoal, meu tema de investigação é experimentação e atividades práticas e assim apliquei nas aulas de estágio um experimento tradicional e um investigativo para analisar os resultados, em uma turma do segundo ano do ensino médio de uma escola pública estadual. O experimento investigativo foi de nível 2 de abertura, baseado no trabalho de Antônio Tarciso Borges.

 

 

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12 Comments to “Experimentos tradicionais ou investigativos?”

  1. Jairo Nunes dos Anjos disse:

    Boa noite Samarone.
    Assistindo teu vídeo no you tube, penso que onde ainda estou aplicando o estágio as coisas fluem melhor quando consigo sair do método tradicional fazendo exatamente o que você fez, ou seja alguns experimentos e em meu caso estou trabalhando com o tema investigativo; aplicação de Softwares no Ensino de Física, sendo que as coisas ainda não estão como eu planejei, visto que a turma possui apenas 1 aluno e 5 alunas, e pra ajudar ainda eles dificilmente participam.
    Problemas a parte, após assistir seu comentário consegui tirar ideias que estarei aplicando nas duas ultimas aulas que ainda restam, e consegui também me confortar de que nem sempre o que esperamos é realmente o que acontece em sala de aula.

  2. Diorges Evandro Guessi disse:

    Saudações Samarone!

    Ao assistir teu vídeo percebo que muitas vezes aulas experimentais, realmente motivam os alunos a buscar respostas aos próprios questionamentos. Em minhas aulas do estágio também apliquei aulas experimentais, os alunos deixaram de ser meros expectadores e participaram de forma ativa das aulas. Considerando que minha turma é de alunos com idades acima de dezoito anos e com grandes dificuldades nas operações básicas matemática tive alguns contratempos para que eles compreendessem os experimentos e conseguissem equacionar os problemas propostos após as atividades práticas, na tua turma percebi que eles conseguiram matematizar os dados coletados, aplicando em uma equação. Gostaria de lhe fazer uma pergunta no experimento investigativo, aquele em que o professor seguiu apenas como observador, os alunos não se dispersaram ou fugiram um pouco do foco?

    • Samarone Lourenço disse:

      Oi Diorges, não houve dispersão não. Cada grupo teve um tempo para trabalhar com o experimento e tomar suas conclusões para responder a questão problema. Também não foi preciso cronometrar o tempo para cada equipe, ou seja, ficaram à vontade para utilizar o experimento. Assim, com relação ao tempo e aos alunos foi tranquilo.

  3. Simone Sobiecziak disse:

    Olá Samarone!
    Pelo que vejo estamos nos encaminhando para o mesmo foco nas aulas do próximo estágio, depois de nossas reflexões deste primeiro estágio.
    Vi que muitas das suas dificuldades também foram parecidas com as minhas, quando você teve dificuldades em receber a respostas investigativa dos alunos e sentiu a necessidade de ter explicado mais sobre o experimento investigativo. Eu também percebi isso na investigação criada para eles refletirem sobre como enxergamos os objetos, eu tive que explicar muito bem que tipo de resposta eu queria, tive que discutir um pouco o assunto antes, tive que dizer que tipo de resposta não serviria, e tudo isso sem dizer a eles a qual resposta exatamente eu queria deles. Eles realmente têm muitas dificuldades em trabalhar os assuntos de forma não tradicional.
    Mas achei seu experimento brilhante, como estamos trabalhando o mesmo assunto, acho até que vou utilizar esse seu experimento no próximo semestre. A minha linha de pesquisa é histórica e filosófica, então poderei tranquilamente utilizar seu experimento para criar discussões a respeito dos resultados e trabalhar com eles esses conceitos.
    Tenho um questionamento, sobre o experimento, o que você acha de na próxima vez que aplicar você colocar algum tipo de ensaio, ou passos a serem seguidos por eles, e no fim algumas perguntas chave para que eles possam entender, e você conseguir guiar os raciocínios deles pelo caminho que você precisa?
    Isso de forma subjetiva, sem dar a resposta final, mas apontar os caminhos para os detalhes que eles precisam focar.
    Vamos trocando ideias, vamos trocando experiências, e no próxima estágio estaremos mais preparados.
    Abraços

    • Samarone Lourenço disse:

      Oi Simone, como já coloquei no forum, me vi utilizando muito história e filosofia da ciência em minhas aulas por isso vamos trocando idéias sim …. Com relação a sua dica para os experimentos investigativos, realmente é preciso adotar técnicas assim, mas é difícil você interagir sem interferir e uma das premissas do experimento investigativo é que o aluno seja “autor” do seu conhecimento então é preciso que essa interferência seja a minima possível. Vou colocar um trecho de minha análise para me explicar melhor:

      “O professor pode e deve interagir com os alunos durante toda a atividade, inclusive durante a manipulação do aparato experimental. Nessa interação o Professor pode, por exemplo, estimular a geração de idéias para a solução do problema, a reflexão e discussão do grupo sobre elas. No aparato experimental o Professor pode estimular a observação dos fenômenos, o teste de hipóteses levantadas pelos alunos e assim verificar e corrigir problemas cognitivos e idéias equivocadas produzidas por concepções prévias, promovendo um aprendizado significativo durante toda a atividade. Essa interação pode existir sem que o professor interfira diretamente na resposta do aluno. Essa interação é fundamental para o bom desempenho da atividade, pois os alunos podem encontrar obstáculos epistemológicos e cognitivos que sozinhos não conseguem transpor.”

      Abraço.

  4. Roberta Tatiane disse:

    Olá Samarone!!!
    Estava curiosa na verdade para saber como se saiu…. afinal você é novato nessa área!!!
    Mas, pelo que percebi você cumpriu os requisitos de um bom professor… preparação e dedicação, os desafios são muitos, na área da educação, porém com educadores com essa perspectiva de ensino, serão vencidos com certeza.
    Como nosso tema é muito parecido, concordo com você quando diz que faltou tempo para realização do experimento, essa prática demanda um tempo maior de aula, e gera um debate interessante para as aulas de física.

  5. Henrique Silva disse:

    Acho que o artigo que você se refere seria este: Novos rumos para o laboratorio escolar de ciências.
    https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6607/6099
    As ideias do artigo podem participar da questão/sugestão que a Simone (Lages) colocou.

  6. Henrique Silva disse:

    É interessante notar, Roberta, que Samorone se baseia num artigo (Borges, 2002) que por sua vez também tem como fundamentação uma concepção construtivista. Mas, vocês dois perceberam a importância das interações tanto entre estudantes e professor(a) quanto entre os próprios estudantes. Isso é algo que talvez nenhum dos dois artigos em que vocês se basearam abordem.

    • Samarone Lourenço disse:

      Oi Henrique e Roberta, o texto de BORGES (2002) realmente não trata muito disso, mas usei outro texto que foi CARVALHO (1999) – Termodinâmica um ensino por investigação. Claro que tive que me aprofundar mais nessa questão de interação para resolver o problema e as duvidas que tive. Coloco abaixo um trecho do livro de CARVALHO (1999) acima que serve como orientação talvez:

      “É o Professor que propôe problemas a serem resolvidos, que irão gerar idéias que, sendo discutidas, permitirão a ampliação dos conhecimentos prévios; promove oportunidades para a reflexão, indo alem das atividades puramente práticas; estabelece métodos de trabalho colaborativo e um ambiente em sala de aula em que todas as idéias são respeitadas.”

      Como diz o autor, esse “ambiente” em sala de aula é o Professor que deve promover.

  7. Simone Alaide da Silva disse:

    Oi Samarone.
    Sabe que eu já fiz várias vezes esse experimento da câmara escura com os meus alunos, sempre expliquei a equação e depois construímos as câmaras escuras, porem nunca pensei em pedir para que medissem as distâncias pra comprovar a teoria ..hehehe…agora que assisti teu vídeo pensei: Nossa! Como nunca pensei nisso! Achei a tua aula muito interessante. Quanto ao experimento da luz, talvez pudesses ter mostrado as três luzes sobrepostas formando a luz branca, será que ajudaria? Abraço!

  8. Luiza disse:

    Olá Samarone.
    Gostei bastante do seu depoimento em relação a câmera escura. Já o realizei com uma turma do terceiro ano e percebi que quando relacionamos a teoria com a prática os alunos conseguem compreender melhor aquilo que lhes apresentamos. Quando fizemos a construção do dinamômetro para calcularmos a constante de proporcionalidade da mola ficou mais fácil a aplicação da fórmula matemática e os alunos não se sentiram amedrontados.
    Percebo então, que as aulas podem partir do conhecimento espontâneo dominado pelos alunos em seu próprio trabalho escolar, utilizando no seu dia a dia para propostas científicas que sistematizam esse conhecimento aproveitando toda sua potencialidade.

  9. Simone da Silva Clara disse:

    Oi Samarone, infelizmente no meu estágio não consegui fazer um experimento, mas levei vídeos com experimentos, já fiz alguns experimentos com meus alunos, percebi que novidades sempre chamam atenção dos alunos.

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