Os bons ventos que trazem a discussão do cotidiano

nov 24th, 2013 | By | Category: Vídeo-Depoimentos

Este vídeo depoimento mostra a experiência que o estágio proporciona, como um convite ao repensar ser professor, porque ser professor todos já somos, de maneira direta ou indireta. Mas vivemos um momento em que é necessário repensar a educação, como ‘futuros’ educadores, teoricamente  a classe “pensante” da sociedade, formadores de opiniões e formadores de cidadãos mais conscientes do seu papel nela, precisamos nós, nos posicionarmos como pensantes, leitores, produtores de conhecimentos, e principalmente produtores de novas formas de pensar. Deixo aqui, através do vídeo, não só minha opinião, mas meu anseio por mais ânimo na educação de forma geral. Se chegamos felizes com o que fazemos como trabalho, certamente o educando espelha-se no educador.  Meu tema de investigação é a física do cotidiano, sendo assim, nada melhor do que fazer uma análise voltada para nós profissionais da educação, o que nos leva para além das salas da aula, e nos arremete a pensar como o educando poderá não só relacionar, mas verdadeiramente incorporar a física no seu cotidiano.

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11 Comments to “Os bons ventos que trazem a discussão do cotidiano”

  1. Diorges Evandro Guessi disse:

    Saudações!

    Prezada Paula,

    Parabéns por este entusiasmo em proporcionar aos alunos algo de concreto que eles possam visualizar os fenômenos físicos e porque eles ocorrem. Eu também apliquei durante meu estágio aulas experimentais e os alunos gostaram muito, deixaram de ser meros expectadores e passaram a vivenciar na prática um pouco do dia a dia dos cientistas, mesmo que de forma simplificada.
    Percebo que você também apesar das dificuldades atuais dos educadores no geral enfrentam desde alunos desmotivados em estudar até os baixos salários da classe tens “anseio por mais ânimo na educação de forma geral” Ser professor é mudar a maneira de pensar dos educandos que acreditam serem ignorantes e que estudar não leva a um futuro melhor, é acreditar que a educação faz com que tenhamos pessoas capazes de conquistar seus espaços através de conhecimentos transmitidos por nós professores e ou pessoas que acreditam que a educação é a peça chave de um futuro melhor para todos.

    • Paula disse:

      Olá Diorges,
      realmente as condições não são fáceis, para ninguém, porém precisamos encarar cada dia como novo, acredito que os estudantes também vão para a escola e esperam de nós algo de novo todos os dias, o ânimo de que falo é exatamente mostrar a importância da educação como mudança, da mesma maneira que mudou nossas vidas, pode mudar a vida deles também. Valeu pelo comentário.

  2. Jairo Nunes dos Anjos disse:

    Boa noite.
    Lendo e assistindo tua produção estive pensando em minhas atividades em sala de aula, e graças a você consegui refletir sobre minhas ações diante dos alunos, e muitas vezes me vem a mente em parar e buscar outra coisa para fazer. Como disse o Diorges, está em nossas mãos mudar esta parcela da sociedade que busca dentro de uma escola alternativas possíveis de acarretar mudanças significativas em suas vidas, onde possam ver esperança em um futuro que muitas vezes parece estar distante, mas que na maioria das vezes uma simples palavra ou um gesto do professor pode fazer uma diferença tão grande na vida desses jovens.
    Lembrando um comentário da Roberta, se estamos fazendo nossa parte e conseguirmos fazer com que pelo menos um aluno consiga mudar sua vida através de nós, já podemos nos dar por satisfeitos, pois vejo que a nosso favor não há quase nada, ou seja o professor esta totalmente só nesta luta, mas para o contra temos vários adversários, desde computador. tv, vídeo game, etc…então temos que usar de nossas habilidades todos os dias para vencer esta batalha diante de inúmeros atrativos que se apresentam muito mais prazerosos para estes alunos, do que uma aula de matemática ou outra qualquer.
    Em meu estágio deparei-me com situação onde as aulas não pareciam atrativas, e foi aí que optei por trabalhar com ferramentas onde eles tivessem que usar suas habilidades motoras, deixando um pouco de lado a parte de copiar, responder, e perguntar, e desta maneira timidamente consegui fazer com que eles interagissem mais nas atividades e se soltassem pouco a pouco.

    • Paula disse:

      Jairo,
      obrigada pelo seu comentário, fiquei bem feliz quando relata que te fiz pensar, que bom! Precisamos mesmo e com urgência repensar, realmente atingir 100% da turma é muito difícil, considerando que cada um deles é um mundo diferente. Acredito ser muito importante quando reconhecemos as falhas, e mesmo que no meio do caminho, temos coragem de mudar, durante o estágio também tive momentos de reflexão para que a “peteca” não caísse, de qualquer maneira o aluno tem que aceitar e corresponder aos exercícios de lápis e papel, sempre coloco aos meus que, os experimentos são bem legais mas os exercícios são fundamentais e é através deles que num futuro muito próximo nos vestibulares, enem e concursos, eles mostraram se realmente aprenderam ou não. Não mude de área os alunos precisam de bons profissionais. Abraços.

      • Jairo Nunes dos Anjos disse:

        Oi Paula.
        Então, em relação aos alunos detestarem aulas que envolvam leituras e resolução de exercícios penso como você, no entanto sabemos que as exigências na maioria das vezes são para que esses alunos concluam o ensino médio e estejam aptos a concorrerem uma vaga em vestibulares, muito ao contrário do que as pessoas pensam, onde acreditam que a escola os prepara para a vida….As coisas também tomam rumos diferentes no dia dia, pois como sabemos os alunos preferem aulas que desvinculem papel caneta/lápis, no entanto não há como proceder somente como eles querem , acredito que aí entra o educador inovador como você assim cita, sendo este capaz de realizar mudanças almejando novos resultados que satisfaçam suas expectativas.

  3. Simone Sobiecziak disse:

    Olá pessoal!
    Gostei muito da ideia de trabalhar com a serragem para mostrar as correntes de convecção. Esse assunto sobre os ventos, mesmo para uma turma que não tem realidade de clima com bastante vento é muito interessante Paula, chama bastante atenção dos alunos.
    Sobre o experimento que você fez, de onde você tirou a ideia? Estou procurando experimentos para aplicar no próximo estágio, pois minha investigação é histórica e filosófica, então procuro experimentos históricos na área de optica, se você tiver algum para me indicar eu agradeço.

    • Paula disse:

      Olá Simone,
      seu tema de investigação é uma área que me chama muito a atenção e que particularmente gosto muito. A ideia não sei te referenciar de onde tirei, sei que li em algum livro de física, me chamou a atenção e memorizei, agora terei que procurar, espero encontrar, para colocar na referência do meu relatório final. Quanto a sua investigação dentro da história e filosofia, o uso do prisma para a difração da luz, reproduzindo o que Newton fazia ao afirmar que a luz era partícula é bem interessante. As discussões entre Newton e Young, também são bem relevantes. Obrigada pelo comentário. Abraços.

  4. Roberta Tatiane disse:

    Na verdade Paula o que percebemos é realmente isso, turmas apáticas e desmotivadas, mas acho que com a formação que estamos tendo será fator determinante para melhorar o processo de aprendizagem, afinal esses alunos que estão chegando para nós, são alunos da geração do imediatismo e de progressões automáticas que o estado fez, realmente cada vez mais chegarão alunos assim.
    Tendo em vista o seu depoimento o qual a sua postura perante essa desmotivação? O que você fez para que motivassem a realizar as atividades propostas por você?
    Abraços!!!

    • Paula disse:

      Oi Roberta,
      a desmotivação acredito ser típico do adolescente, que esperam muito e rápido, mas quando a ficha deles cai, tudo aquilo que parecia ser lindo e colorido se torna sem sentido, é preciso que tomemos cuidado, eles passam por isso também na sala de aula, os experimentos, as atividades extra classe, as saídas de campo, os filmes, são maneiras que encontro de deixar minhas aulas variadas, as vezes entro na sala carregada de coisas para experimentos, demonstrações, os alunos já comentam ” lá vem a louca”, acredito que professor tem que ser também um excelente ator.
      A motivação para realizarem as tarefas vieram através de notas,infelizmente ou felizmente, temos esta que é a nossa grande arma, notas. E querendo ou não precisamos apresentar nosso trabalho avaliando os “rebentos” como diz Prof. Pinho, através de notas, entrei num acordo com o professor de ciências que iria realizar três atividades, uma delas foi uma pesquisa, sobre a evolução do termômetro, realizei uma atividade que envolvia as escalas termométricas, onde pude perceber sua habilidades matemáticas e por último, o questionário que citei no vídeo, somei as três e dividi por três e esta nota foi para o diário do professor, como sendo uma das notas do bimestre. O professor que não usa esta arma tão poderosa ainda, e fica passando aluno e dando nota de graça para que no fim do ano não se incomode com prova final, é o mesmo desmotivado do ano todo, é o mesmo de nos desvaloriza como profissionais. Se é pre fazer que façamos bem feito então. Abraços.

  5. Henrique Silva disse:

    Paula, tem outro elemento importante na tua reflexão: a relação com o local, no caso o ambiente local. É um elemento a mais do que a já importante relação com o cotidiano no sentido geral. Isso poderia levar a um diálogo com o professor de geografia. Adorei o título!

    • Paula disse:

      Olá professor Henrique,
      muito importante sua colocação, naquele momento não fiz esta relação, mas nas minhas aulas normais já tentei fazer trabalhos com outras disciplinas, mas infelizmente encontro uma resistência tremenda, a única disciplina que consigo fazer trocas e compartilhamentos é com a disciplina de biologia, que é uma colega recém formada pela UFSC-EAD, e está muito afim também de colocar em prática toda a bagagem que trouxe consigo. No próximo ano a escola do Farol será o ensino inovador, ganharemos laboratórios e mais tempo e liberdade para trabalhar as ciências, inclusive fui convidada pelo diretor para ser coordenadora da parte que envolve as ciências, poderemos a partir daí acredito fazer um trabalho muito mais juntos em termos interdisciplinares, pelo menos sonho com isso. Abraços.

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