(G5) Relato do Experimento Investigativo – Samarone

mai 18th, 2014 | By | Category: Diário de Campo

Dia 12 de maio de 2014 apliquei, nas duas turmas que leciono, o experimento investigativo. O objetivo principal do experimento era analisar um fio metálico e verificar se era de aço. Os alunos deveriam aquecer o fio, verificar os efeitos de dilatação térmica utilizando um aparato experimental e coletar os dados necessários para obter o coeficiente de dilatação térmica linear através da equação da dilatação térmica linear. Encontrando o coeficiente, os alunos deveriam consultar uma tabela contida no livro texto para responder a questão. A aplicação foi baseada nas etapas colocadas no artigo lido. Primeiro fiz uma leitura da proposta de experimento e da questão problema, em seguida dividi a turma em dois grupos. Mostrei e expliquei sobre o aparato experimental e cada grupo decidiria por sua utilização.  Por ultimo, o relatório contendo as respostas a questão problema, deveria ser entregue individualmente.

Depois da apresentação da atividade os grupos tiveram alguns minutos para discutir sobre o problema apresentado. Então comecei a interagir com os grupos individualmente e quando percebi que começaram a levantar hipóteses, organizei com eles essa primeira etapa. Voltei ao quadro e anotei as hipóteses sugeridas pelos grupos. Depois de alguma discussão os dois grupos optaram por buscar o coeficiente de dilatação térmica linear para verificar o material.

Nessa etapa, na escola EEBLC, enquanto um grupo em pouco tempo definiu a hipótese e começou a discutir o que fazer a partir de então, o outro grupo levou mais tempo para definir uma hipótese. Esse grupo teve mais dificuldade para “apontar um caminho a seguir” para obter uma solução.

Definida a hipótese, os grupos começaram a discutir o que fazer para encontrar o coeficiente e já percebiam que isso passava pela utilização da equação da dilatação térmica linear. Essa etapa é a elaboração do plano de trabalho e a partir daqui, interagi individualmente com cada grupo. A seu tempo, os grupos definiram o plano de trabalho e perceberam que era necessário utilizar o aparato experimental para verificar a dilatação térmica do fio mas ainda não estava claro para eles que dados coletar. A etapa que segue é a coleta de dados onde os grupos, manuseando o aparato e com base na equação, definiram que dados coletar. Alguns grupos coletaram os dados finais de temperatura e comprimento e quando perceberam que  também precisariam ter coletado os dados inicias, acabaram resfriando o fio e refazendo o processo. Depois disso perceberam que não precisariam ter refeito o processo para coletar os dados iniciais e ainda a temperatura inicial não precisaria ter sido coletada diretamente no fio mas sim do ambiente pois o fio estava em equilíbrio térmico com o ambiente. A etapa de coleta de dados foi uma etapa importante para o aprendizado dos alunos.

As duas ultimas etapas, de analise de dados e conclusão, de certa forma se uniram porque uma vez coletados os dados os alunos aplicaram na equação para encontrar o coeficiente. Encontrado o coeficiente os alunos verificaram em uma tabela que o valor encontrado estava distante do valor colocado para o aço concluindo que não se tratava de aço. Então começaram a verificar de que material se tratava mas perceberam que o valor não era igual aos valores colocados pela tabela, apenas se aproximava de alguns deles. Depois de discutirem sobre isso, intervi explicando que isso ocorreu devido a erros aos quais as medidas estavam sujeitas devido as circunstâncias e aos equipamentos disponíveis, aliado ao fato de que fizemos apenas uma coleta e dados. Diferente de uma situação em laboratório onde se repete o experimento varias vezes e se obtém dados com devida precisão, diminuindo muito o erro envolvido.

Na escola EEBJP, um grupo registrou um valor bem distorcido mas, depois de analisar os dados anotados, perceberam que haviam anotado um valor errado. Esse mesmo grupo, acabou levando um pouco mais de tempo para concluir porque estavam buscando saber que material era, quando a proposta da atividade era apenas verificar se era aço.

Ao final todos concluíram a atividade e responderam o relatório. Com relação as etapas colocadas pelo artigo e adotadas na atividade, baseado na atividade que realizei com os alunos, sugiro que a análise deva ser algo inerente a todo o processo. Ainda no começo a primeira atitude é analisar a questão problema para buscar um caminho para a solução. Feita essa análise, levanta-se hipóteses e assim por diante. A análise dos dados também não é algo isolado, ela ocorre durante a coleta e também depois da conclusão, como no caso de uma conclusão errada, analisa-se os dados novamente e ,por que não, todo o caminho tomado na busca de erros. Por isso, nesse experimento não percebi a análise como uma etapa isolada, mas algo presente e necessário em todo o processo investigativo.

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2 Comments to “(G5) Relato do Experimento Investigativo – Samarone”

  1. Luiza Cecilia Kretzer dos Passos disse:

    Bastante Interessante a forma como você conduziu esse conteúdo e acredito que é dessa forma que a Física se torna uma disciplina de fácil compreensão e desperta o interesse dos alunos.
    Como estou analisando um artigo referente a resolução de problemas também percebo que quando mostramos a eles o porque de usarmos cálculos matemáticos para resolver os problemas de física a compreensão é perceptível e o interesse deles é bem maior. Quanto mais informações precisas são fornecidas melhor será para o aluno compreender e relacionar a Física com sua vida cotidiana.

  2. Luiza Cecilia Kretzer dos Passos disse:

    Como diz Almeida (2000, p.27),
    Não se busca um melhor transmissor de conteúdos, nem a informatização do processo ensino – aprendizagem, mas sim uma transformação educacional, o que significa uma mudança de paradigma, que favoreça a formação de cidadãos mais críticos, com autonomia para construir o próprio conhecimento. E que, assim possam participar da construção de uma sociedade mais justa, com qualidade de vida igualitária.
    Acredita-se que essa é uma mudança que necessita acontecer em curto espaço de tempo, em virtude da necessidade da escola em acompanhar os processos de transformação da sociedade em atender as novas demandas do mercado. É importante que se debata a implantação de políticas e estratégias para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalho inovadoras como a utilizado por você, meios eletrônicos de informação e comunicação, já que eles possuem enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o processo aprendizagem.

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