Aulas experimentais na perspectiva construtivista: proposta de organização do roteiro para as aulas de física.

abr 28th, 2013 | By | Category: Resenhas

Na atualidade é comum encontrarmos nos projetos políticos pedagógicos das escolas uma corrente construtivista de ensino, a qual norteiam os trabalhos pedagógicos da escola, o que podemos perceber na realidade é difícil percebemos essa prática, devido algumas dificuldades encontradas pelos docentes.

Uma prática importante que nos leva a tal discussão são as aulas experimentais, tão importantes nas aulas de física, muitos professores realizam essas atividades num modelo tradicional, este presente na prática docente desde 1960, o qual é como se fosse uma receita de bolo, aonde os alunos vão seguindo os passos e realizam o experimento e depois respondem um questionário com base no observado.

Em uma perspectiva construtivista de ensino o conhecimento deve ser de realização de práticas experimentais que primem pela construção do conhecimento e não pela simples realização de um conjunto de ações.

Esta proposta construtivista de ensino nas aulas de física com realização de atividades experimentais tem como estrutura três momentos bem distintos: Pré-experimental, experimental e pós-experimental.

As etapas pré-experimental e pós-experimental são etapas importantes na construção do conhecimento por isso deve ser levada em consideração na realização da atividade experimental, sendo que se deve destinar um tempo considerável para a discussão e apresentação do conhecimento científico que devem ser foco do estudo dos estudantes considerando parte da visão construtivista.

Etapa pré-experimental, consiste na discussão do tema a ser estudado e observado na prática em um direcionamento a fim de aproximar a teoria à prática, nesta fase da atividade, são levadas em consideração as concepções prévias trazidas pelos estudantes de suas experiências cotidianas, que permitem confrontar com o conhecimento científico. Assim a pré-teoria contém uma forma de contextualização do conhecimento, onde o aluno é provocado a buscar o conhecimento, abrindo caminho para a atividade experimental.

Na etapa experimental o educando irá executar as atividades de acordo com o planejamento prévio visto na fase pré-experimental, fazendo manuseio de equipamentos e testando hipóteses, estabelecendo o verdadeiro diálogo entre teoria e prática.

Já a etapa pós-experimental  é que acontece o fechamento da atividade, assim é preciso que o professor proporcione um tempo adequado para que os estudantes estabeleçam um diálogo construtivista a fim de interpretar e confrontar os resultados obtidos na realização da prática, a conclusão é designada como discussão dos resultados obtidos e não simplesmente uma apresentação dos resultados como é feito na prática tradicional.

A utilização deste tipo de prática pedagógica estimula os estudantes para que possam produzir conhecimento e não simplesmente reproduzir atividades de laboratório, essa prática é bem vista pelos docentes de física e deve ser parte do currículo escolar dos alunos, tendo em vista essa visão construtivista do ensino de física e não uma mera reprodução de um receituário nas práticas de laboratório, sendo que esta atividade busca melhorar a qualidade das aulas e da produção do conhecimento científico.

Referências bibliográficas:

ROSA, Cleci T. Werner da. ROSA Álvaro Becker da. Aulas experimentais na perspectivas construtivista: proposta de organização do roteiro para aulas de física. Física na Escola, v. 13, n. 1, 2012.

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