Diario de campo e “meu aprendizado no estágio”
mar 31st, 2013 | By Felipe Torquato Vieira | Category: Diário de Campo, Reflexões27/03 Turma 1003 E.E.B. HUMBERTO DE CAMPOS
Enquanto o professor passou olhando quem resolveu o exercício e também quem havia trazido as provas assinadas, enquanto isso os alunos conversavam muito…
Em seu lugar eu chamaria um por um na minha carteira, porém, antes disso faria algumas atividades no quadro para não ficarem ociosos…
Depois de olhar os cadernos e as provas, o professor fez a chamada, então começou a corrigir o exercício 6 de M.U. , sobre encontro de dois móveis, durante a explicação alguns alunos conversavam, porém outros respondiam as perguntas do professor que estava resolvendo o exercício no quadro, para resolver e explicar o exercício, o professor fez uma reta com as posições iniciais e setas do sentido do movimento dos dois motociclistas do exercício, então calculou o instante em que A alcança B, igualando as funções horárias e isolando t, encontrou o tempo de encontro, e com este tempo aplicado na função horária de cada motociclista, descobriu a posição de encontro…
Terminando este exercício, o professor iniciou a explicação de M.U.V. colocou MUV no quadro a função horária da velocidade neste movimento( V=Vo + at), e suas características são elas: Velocidade variável, distâncias iguais em tempos diferentes, existe aceleração.
Após colocar as legendas da fórmula, fez a resolução de um exercício aplicando a função horária, que consistia em:
Ex. Um ponto material em movimento retilíneo adquire velocidade obedecendo a seguinte função horária V=15-3t (SI). Pede-se:
a) A Velocidade inicial
b) A aceleração
c) A velocidade no instante 4 s
d) O instante que o móvel muda de sentido
e) Classifique o movimento
Para explicar o instante em que muda o sentido, o professor deu um exemplo de um trem pois o movimento é retilíneo e não há como fazer a volta sem parar ou “ dar um cavalo de pau”, após a explicação do exemplo, o professor passou um exercício com as mesmas características do exemplo dado e deu cerca de 15 minutos para fazerem, e andou pela sala com o diário em mãos para avaliar os alunos que estavam fazendo a atividade e tirando dúvidas..
Imagino que este asssunto explicado com o uso de um experimento simples , com esferas e medições de tempo facilitaria o entendimento, com apenas uma calha enclinada, um cronometro e uma trena, se demosntraria a velocidade variando para mais quando desce e para menos quando sobe…
Meu aprendizado é constante durante o estágio, não só pela aula do professor, mas pelo tempo que se tem para pensar e planejar o ensino…
O LINK ABAIXO É UMA AMOSTRA DESTE APRENDIZADO
Embora a reflexão feita pelo colega não esteja muito clara para mim, vou tecer alguns comentários sobre o post.
Parece-me que o professor utiliza-se da maneira tradicional de ensinar Física. Isto não chega a ser um demérito já que é muito difícil romper com o método ainda mais quando os livros textos tendem para este lado. Eu, particularmente, acho uma bobagem essa coisa de ficar classificando o movimento em MRU, MRUV. E lembro-me de não ter gostado destas siglas quando era aluno. Acho que este tipo de classificação merecerá não mais que um parênteses na minha aula e que em seguida eu diria: “…mas não se preocupem com isso porque vocês já tem siglas demais para decorar na vida! O mundo tá cheio delas. E isto aqui é uma aula de Física, portanto deixem as classificações para as de português ou até as de biologia cujos professores adoram fazer isto.”
Também entendi que o professor em questão costuma avaliar os alunos de forma contínua. Ao meu ver esta é uma atitude válida. Considero que, muitas vezes, uma, duas e até três provas podem ser insuficientes para dar uma medida do aprendizado de um aluno. Assim, sou a favor de se diversificar as avaliações procurando também saber que tipo de avaliação um determinado aluno assimila. Além disso, forçar um tipo específico de avaliação pode desfavorecer um certo aluno, desestimulando-o com relação à disciplina.
E finalmente, sobre o fato de se aprender constantemente, seja com nosso orientador, ou com os próprios alunos, creio que este é um exemplo claro de que o conhecimento é sempre construído em uma sala de aula. Porque mesmo estando na posição de repassar conhecimentos, nosso próprio entendimento das coisas é constantemente modificado e portanto uma aula jamais será igual à outra.
Caro colega
Lendo a sua postagem percebe-se o tradicionalismo ainda existe e que nossos alunos são como bonecos nas mãos de alguns profissionais em educação. Mas ques somos nós para dizer o que é certo ou errado? Precisamos sim orientar esses profissionais para para não permanecerem na mesmisse.
Quando ensinamos Física a nossa meta é de criar mecanismos que proporcione aos nossos alunos variadas razões para se interessar por Física. Por isso, devemos elaborar textos, exemplos e exercícios repletos de questões do cotidiano e permeadas por muitas estratégias de motivações. Utilizar uma linguagem simples e objetiva, procurar ser correta e rigorosa e utilizar códigos próprios da disciplina.
Elementos do dia a dia devem estar presentes nas formulações favorecendo assim o envolvimento de todos.
È preciso que o professor promova nos alunos o entendimento da teoria por meio de leiturasde atividades experimentais (sempre que possível) e de questões propostas, instigando o raciocínio e a argumentação.
Realmente o tradicionalismo ainda está muito presente em nossas escolas. Embora observamos que muitos dos nossos colegas professores já ensinam Física de forma que o aluno a compreenda e a relacione com sua realidade, mas é preciso buscar sempre mais relacionar os conteúdos com aquilo que pode ser colocado em prática para e possa ser melhor compreendido e interpretado.